quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cinema mudo

Homem do dia: Chaplin!
Todas as pessoas, sem exceção, procrastinam. O que varia é a freqüência com que fazem isso. Deixar tudo para depois não é sinal de que a irresponsabilidade ou a preguiça imperam. Aquele que procrastina prioriza coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria mais necessário realizar. Ele coloca diversas tarefas menores na frente. Mais do que uma questão de não administrar bem o tempo, o ato de procrastinar faz a pessoa viver a ilusão de que, adiando, tudo será solucionado como num passe de mágica. O adiamento pode proporcionar um alívio temporário, uma sensação de tranqüilidade, porque a pessoa crê que tudo vai dar certo no final. A pessoa que procrastina não se relaciona bem com o real. A realidade assusta. Com medo, a pessoa vira uma espécie de avestruz: enfia a cabeça na terra com a esperança de que aquela realidade mude. Mas não só a realidade que desagrada como, por exemplo, ter de dizer a um amigo, que não será possível pagar uma dívida no prazo combinado, faz com que as pessoas adiem seus compromissos. Quem procrastina não toma essa atitude somente em relação às situações que causam desconforto, mas também diante daquilo que lhe dá prazer. Como aquela pessoa que adora escrever cartas, mas, na hora de leva-las ao correio, demora dias, diz que não se sente inspirada. Mas desde quando é preciso inspiração para ir ao correio? Talvez por isso as pessoas idosas sejam menos afeitas ao adiamento. A experiência de ter passado por vários momentos de perda faz com que os idosos tenham mais clareza para identificar o que é prioritário ou não. Independentemente da fase em que a procrastinação ocorre, as conseqüências que esse hábito traz podem ir além do nível prático, como chegar atrasado a uma festa porque a compra do presente ficou para o último minuto, tendo reflexos na saúde da pessoa. O sentimento de culpa é um dos que mais atingem essas pessoas. E o pior é que elas sentem culpa não pelo que fizeram, mas pelo que "deixaram de fazer". Isso acaba gerando muito desgaste. Às vezes o indivíduo apresenta um quadro sério de stress, sente-se ansioso, o que pode gerar dores de cabeça, aumento na pressão arterial e dores de estômago. Como acaba dependendo demais dos outros, pode estabelecer uma relação muito desgastante com familiares e amigos. Pode desenvolver um sentimento autodestrutivo, acreditando que tudo o que faz é ruim ou tem pouca importância. Sofre com a perda da autoconfiança, o que faz com que as ações posteriores àquelas que adiou, tornem-se ainda mais difíceis de serem realizadas. Tende a ficar ansioso quando percebe que não vai conseguir realizar aquilo a que se propôs. Quando se conscientiza de que adiou demais, pode apresentar um comportamento depressivo. Identifique motivos – Exercite o autoconhecimento e tente perceber as atitudes que você costuma adotar quando adia alguma tarefa. Pergunte-se sempre: Porque é importante fazer isso agora? Porque deixar de fazer aquilo? Porque estou evitando resolver esse problema?. Encare a realidade – Enfrente as situações do dia-a-dia como elas de fato se apresentam. Não tente criar a ilusão de que são mais fáceis ou menos importantes. Calcule o Tempo – Tente não superestimar ou subestimar o tempo necessário para a realização das tarefas. Procure organizar sua agenda de modo que tenha tempo suficiente para fazer aquilo de que precisa. Analise o ambiente – Verifique se você não está adiando as tarefas por causa das condições do ambiente em que está. A luminosidade inadequada e o nível de ruído podem contribuir para a perda de concentração e, conseqüentemente, para a procrastinação. Isso vale também para as atividades que você tem de fazer em casa. Permita-se errar; aja no lugar de pensar; aperfeiçoe-se; seja Chaplin!
Ajuste a agenda – Procure saber em que período do dia você é mais produtivo, aquele em que está menos cansado e mais disposto a realizar suas atividades. E corram meninas, falam por aí que hoje é o Dia do HOMEM! Vão deixar a agenda prá amanhã?
Ãh???
[Psicologia e psicoterapia/encaminhado por Vera Velasco/ s/ autor]

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