[Haruki Murakami]
sábado, 18 de julho de 2009
Kafka à Beira-Mar
"Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não pára de mudar de direção. Tu mudas de rumo, mas a tempestade vai atrás de ti... (feito assombração!) Voltas a mudar de direção, mas a tempestade persegue-te, seguindo no teu encalço. Isto acontece uma vez, depois outra e outra e outra, como uma espécie de dança maldita com a morte ao amanhecer. Esta tempestade não é uma coisa que tenha surgido do nada, sem nada a ver contigo. Esta tempestade és tu. Algo dentro de ti. Por isso, só te resta deixares-te levar, mergulhar na tempestade, atravessá-la de uma ponta a outra... como ossos pulverizados, a rodopiar em direção ao céu. E quando saíres da tempestade já não serás mais a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido. "
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