domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fair play?

El silencio es la palabra mas grande...
Bonsoir!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MoMA - Gabriel Orozco

"Desapontar sempre foi muito importante no meu trabalho".
Gabriel Orozco nasceu no México em 1962, e surgiu no início dos anos 90 como um dos artistas contemporâneos mais intrigantes e mais originais de sua geração. Vagando livremente entre o desenho, a fotografia, a escultura, a instalação, e a pintura, delibera seus limites entre o objeto de arte e o ambiente diário, fundindo arte e realidade. Orozco mora e trabalha em Nova York, Paris e Cidade do México.
Bonjour Gabriel!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Genuine Retro Radios

[AmySmiffy]
[My Little Chickadee]
[Angelica Aufrais]
[Back_Garage]
[Lillian Day]
[LitterART]
[Rubbad]
[Mayagrafik]
[Casper James]
[Mettetation]
[Riccardo Consiglio]
Bonjour!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Stan Wayman Photographs- Orient

"Só é possível transformar-se na medida em que já se é..."
[Friedrich Novalis]
"Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta..."
[Paul Valery]
"Um chefe é um homem que precisa dos outros..."
[Paul Valery]
"Nunca nos compreendemos completamente, mas podemos fazer muito melhor do que apenas compreendermo-nos..."
[Friedrich Novalis]
"Somos sozinhos com tudo o que amamos..."
[Friedrich Novalis]
"É um grande erro especularmos acerca da tolice dos tolos e um erro ainda maior fiarmo-nos na inteligência dos inteligentes..."
[Paul Valery]
"Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador..."
[Paul Valery]
"A definição de belo é fácil: é aquilo que desespera..."
[Paul Valery]
"Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir..."
[Paul Valery]
Bonjour Stan!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mojave Desert


"Como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram, quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente..."
[Caio Fernando Abreu]
"Perdi meu equilíbrio quando veio, e mentia meu equilíbrio antes que viesse..."
[Caio Fernando Abreu]




"Sabemos que o mundo não vale a nossa lucidez..."
[Caio Fernando Abreu]
"Cheguei a inclinar de leve a cabeça sobre o ombro, oferecendo o pescoço para que me tivesse mais fácil..."

[Caio Fernando Abreu]




"Das letras reunidas uma a uma, formarias uma palavra para definir esta ânsia de vôo subindo desde o chão até os olhos..."





[Caio Fernando Abreu]
"Embora não conheça o ponto onde devo chegar, é para lá que me dirijo cego, aos trancos..."
[Caio Fernando Abreu]

Talvez num novo outro, o outro antigo voltará!
Bonjour!

[Steve McQueen- LIFE,1963- by John Dominis- music: Ben Harper]

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vapor múltiplo

"Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um Eu que não sei se existe (se é esses outros). Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me aponta traições de alma, a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única realidade que não está em nenhuma e está em todas..."
[Fernando Pessoa¹]
"Se alguma coisa há que esta vida tem para nós, e que tenhamos que agradecer aos Deuses, é o dom de nos desconhecermos: de nos desconhecermos a nós mesmos e de nos desconhecermos uns aos outros. A alma humana é um abismo obscuro e viscoso, um poço que não se usa na superfície do mundo... Ninguém se amaria a si mesmo se deveras se conhecesse, e assim, não havendo a vaidade, que é o sangue da vida espiritual, morreríamos na alma de anemia... Ninguém conhece o outro, e ainda bem que não o conhece, e, se o conhecesse, conheceria nele, o íntimo, este metafísico inimigo..."
[Fernando Pessoa²]

Estátuas de mármore não sentem...

"Nós, pobres mulheres, apesar do nosso imenso e frágil orgulho, não somos, afinal, mais do que argila que as mãos deles moldam a seu belo capricho. Feliz da argila que, no seu caminho, encontra, como eu, o estatuário que a vai moldando a acariciá-la! Gosto tanto de ti que não me revolto, eu, a eterna revoltada, aquela que teve sempre por coração um oceano imenso a que ninguém jamais descobrira o fundo... Como te tens lembrado hoje de mim? Com saudades? Com desejos de me beijar? Com tristeza? Como? Gostava tanto, tanto de saber a cor dos teus pensamentos quando são meus! Queria que eles fossem roxos, como os lilases, ou cor-de-rosa como os beijos que eu te dou. Tenho saudades, saudades, saudades... Reparei agora para uma coisa: é curioso como eu não sou capaz de vestir um vestido alegre quando tu não vens. E é verdade que eu ando de luto, de luto por uns beijos que trago e que, se não dão, morrem de frio longe da tua boca..."
[Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"]
Bonjour!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Imaginação ou sensibilidade?

"Não é certo que para a criação de uma obra literária a imaginação e a sensibilidade sejam qualidades equivalentes, e que a segunda possa sem grandes inconvenientes substituir a primeira, do mesmo modo que há pessoas cujo estômago é incapaz de digerir e assim encarregam os intestinos dessa função. Um homem que nasceu sensível e que não tenha imaginação poderá, apesar disso, escrever romances admiráveis. O sofrimento que os outros lhe causarão, os esforços para o evitar, os conflitos que esse sofrimento e a outra pessoa cruel irão criar, tudo isso, interpretado pela inteligência, poderá constituir matéria para um livro não apenas tão belo como se tivesse sido imaginado/inventado, mas também tão exterior aos sonhos do autor, se este, feliz, se tivesse deixado arrastar por si mesmo, tão surpreendente para ele próprio, tão acidental como um capricho fortuito da imaginação..."
[Marcel Proust, in 'O Tempo Reencontrado']
"O que é o macaco para o homem?
Uma risada ou uma dolorosa vergonha!"
"Deixemos pois de pensar mais em punir, em censurar e em querer melhorar! Não seremos capazes de modificar um único homem; e se alguma vez o conseguíssemos seria talvez, para nosso espanto, para nos darmos também conta de que teríamos sido nós próprios modificados por ele! Não lutemos em combate direto... qualquer punição, qualquer censura, qualquer tentativa de melhoria representa combate direto. Elevemo-nos, pelo contrário, a nós próprios muito mais alto. Façamos sempre brilhar de forma grandiosa o nosso exemplo. Obscureçamos o nosso vizinho com o fulgor da nossa luz. Recusemo-nos a nos tornar, a nós próprios, mais sombrios por amor dele, como todos os castigadores e todos os descontentes! Escutemo-nos, antes, a nós. Olhemos para outro lado..."
[Friedrich Nietzsche]

Realidade cega

"Há duas maneiras de olhar as coisas, como há duas maneiras de as não olhar. Ou se olham pondo-nos de fora delas ou pondo-nos dentro delas. Só no segundo caso as vemos bem, porque só então nos vemos mal ou simplesmente nos perdemos a nós de vista. O primeiro ver é o do homem prático, o segundo, o do artista. Um e outro também divergem no modo de não ver as coisas. O primeiro porque simplesmente as não vê; o segundo porque não repara nelas. Ao contrário do que se supõe, o mundo real não existe para o homem prático: o que existe é a sua instrumentalização. Uma flor só lhe existe se a puser na lapela ou mesmo num jarro; como um pássaro só lhe é real se o tiver numa gaiola ou o comer frito. "
[Vergílio Ferreira, in "Conta-Corrente 2"]
Bonjour!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pour vous!

“Quantos séculos precisa um espírito para ser compreendido?”
[Friedrich Nietzsche]

Caio Fernando Abreu

"A maneirar mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa seria justamente não falar, não perguntar - mas ver! Em profundo silêncio...
"
"Eu não queria mais ter esperanças, essa coisa gentil..."
"As pessoas escorregam e, se num momento foram, no seguinte já não mais o são..."
"Quem só acredita no visível tem um mundo
muito muito pequeno..."
"Ela queria tanto que ele dissesse o nome dela assim bem devagarinho como se as sílabas fossem uma casquinha de sorvete quebrada entre os dentes..."
"Nos talheres de prata - ele era rico..."
"Isso que chamo de minha vida, ou o que restava dela, não deveria ser muito porque o passeio dos dedos, pelo rosto, revela sulcos cada vez mais fundos..."
"Desconhecida, ela seria mais completa que todo um inventário sobre o seu passado..."
"Agora são necessárias muitas chuvas, muitas estrelas, muitas luas e muitos sóis para ir e voltar. E isso é o tempo..."
"Na mesa, os livros oferecem consolo..."
"Quando se curvava assim, o cabelo caindo no rosto, assumia um ar humilde de coisa grande que se curva..."
"Cada palavra é um fio de cabelo a menos, um imperceptível milímetro
de ruga a mais..."
"No vácuo de mim eu me despenco..."
Bonjour Caio Abreu!