segunda-feira, 3 de maio de 2010

Demasiado Humano

"Aquilo a que se chama felicidade, no seu sentido mais restrito, vem da satisfação — frequentemente instantânea — de necessidades reprimidas que atingiram uma grande intensidade, e que pela sua natureza só podem ser uma experiência transitória. A satisfação desenfreada de todos os desejos impõe-se como o mais atrativo princípio orientador da vida, mas implica preferir o gozo à prudência e penaliza-se depois de uma curta satisfação..." 
Freud
"Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. 
Por que é que não nos embriagamos? Por que a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Por que, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita..."
[Freud, in 'A Civilização e os Seus Descontentamentos'] 
Bonjour!

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