segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um menino-lobo



Acho que isso nunca vai passar.
Não importa quantos dias passem,
quantas risadas sujas
surjam naturalmente
quanta diversão tenha
por algumas horas.

Existe uma dor germinando dentro
uma dor que não se sabe de onde veio.
Muitos falam que é dor de um
momento
mas eu sei que é dor de uma
vida.

É um despertar acordado
como se o ar tomasse outro jeito,
outra cor
outro calor
outro cheiro.

É o levantar do sofá com uma estranha
pressão na barriga ou uma conhecida
pressão na cabeça ou o desconforto
de acordar suado ofegante impulsionando um choro
que nunca é bem-vindo.

É o unhar de dedos cravados
em almofadas retorcidas
ora entre as pernas
ora embaixo da cabeça
ora atiradas ao chão.
Almofadas que enxugam o suor
correndo o pescoço.

Já escrevi que uma dor dividida
é uma dor compreendida
e que a compreensão
é o primeiro passo para a superação.
Nem eu compreendo a minha dor
logo não haverá divisão e
nem haverá compreensão
e nem haverá superação.
Fadado a sobreviver a uma dor
incompreendida.

As pessoas deveriam ser proibidas
de se aproximarem umas das outras.
Evitaria suores marcados em
almofadas retorcidas.

Felipe Voigt!


Escrita forte e uma alma linda.
Faço questão, sim, de estar próxima.
Auuuuuuuuuu - 
perdão Lobinho!


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

Obrigada pelos 25 mil mergulhos!

"There is nothing more powerful than an idea whose time has come..." 
Victor Hugo

Thanks my Island, thanks for everything!!!
***
["Não há nada mais poderoso do que uma idéia cujo tempo chegou..."]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bibliotecas a arder de versos contados

"A verdade é que todo mundo vai te machucar, você só precisa decidir por quem vale a pena se ferir."

Bonjour!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Live it out


"O pensamento não é guia de si próprio, mas se deixa levar pelos amores que temos. Sentir ou conhecer, nenhum dos dois é um guia confiável. Antes de poder seguir qualquer um dos dois, é preciso aprender a escolher os objetos de amor – e o critério dessa escolha é: Quais são as coisas que, se dependessem de mim, deveriam durar para sempre? Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre.”
Olavo de Carvalho
Bonjour!

O amor começa pela contemplação

Não pode haver real amizade entre os que, antes de tudo, não têm fé nos mesmos valores.

O maior bem que podemos fazer a outrem não é comunicar-lhes nossa riqueza, mas fazê-los descobrir a deles.
Louis Lavelle
Bonjour!

domingo, 14 de novembro de 2010

Sempre cercado de mim mesmo

"Os homens impuros julgam a vida pela versão refletida nas opiniões, nos acontecimentos e nas pessoas. Não são capazes de prever uma ação até que ela se concretize." 
Ralph Waldo Emerson

Bonsoir!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Phillip Toledano in: "Days with my father"



My Mum died suddenly on September 4th, 2006


After she died, I realized how much she’d been shielding me from my father’s mental state. He didn’t have alzheimers, but he had no short-term memory, and was often lost.
I took him to the funeral, but when we got home, he’d keep asking me every 15 minutes where my mother was. I had to explain over and over again, that she had died.
This was shocking news to him.
Why had no-one told him?
Why hadn’t I taken him to the funeral?
Why hadn’t he visited her in the hospital?
He had no memory of these events.
After a while, I realized I couldn’t keep telling him that his wife had died. He didn’t remember, and it was killing both of us, to constantly re-live her death.
I decided to tell him she’d gone to Paris, to take care of her brother, who was sick.
‘Days with my father’ is a journal.
A record of our relationship, and the time we spent over the last three years.
2006-2009


Published by Chronicle Books in 2010.

To view the complete project, please go to:

"Days with my father"













Minha mãe morreu repentinamente em 04 setembro de 2006
Depois que ela morreu, eu percebi o quanto ela estava protegendo-me do estado mental do meu pai. Ele não tinha Alzheimer, mas ele não tinha memória de curto prazo, e muitas vezes foi perdido.
Levei-o para o funeral, mas quando chegamos em casa, ele ficava me perguntando a cada 15 minutos, onde minha mãe estava. Eu tive que explicar várias vezes, que ela tinha morrido.

Esta notícia foi chocante para ele.

Por que ninguém lhe disse?

Por que eu não o tinha levado para o enterro?

Porque ele não a tinha visitado no hospital?
Ele não tinha nenhuma memória desses eventos.
Depois de um tempo, percebi que não podia continuar dizendo-lhe que sua esposa tinha morrido. Ele não se lembrava, e isso foi nos matando, por revivermos constantemente a sua morte.
Eu decidi dizer-lhe que ela tinha ido a Paris, para cuidar de seu irmão, que estava doente.
'Dias com o meu pai "é um blog.
Um registro de nosso relacionamento, e o tempo que passamos nos últimos três anos.

2006-2009

Bonjour Edward, 
Bonjour Phillip!

Stretch by Mr. Toledano







Phillip Toledano é um homem incrível, sensível, que muito admiro! 
No post acima, vou lhe contar o por quê!

Akos Major Photgraphy/ Budapest











Akos Major is 35-year-old, Budapest-based (Hungary) professional photographer, his winterscapes photography speaks for itself. I hope you find his work inspiring.


Bonjour Akos!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Intoxicados de sí

"Olhamos mais para a intenção do que para o efeito. Uma telha que cai do telhado pode ferir-nos bem mais, mas não nos desola tanto quanto uma pedra atirada de propósito por mão maldosa. O golpe, por vezes, falha mas a intenção nunca erra o alvo."
Jean-Jacques Rousseau

Bonjour!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As palavras não querem alinhar-se...

"Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos nossa saúde, nossa capacidade de gozar a vida, nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é... E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque toda a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer maior que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita..."
Freud

domingo, 7 de novembro de 2010

Ortega Y Gasset

"Um espectáculo incrível: 
o da peculiarísssima brutalidade e agressiva estupidez com que se comporta um homem quando sabe muito de uma coisa e ignora todas as demais."

Não florescemos nos gramados

Imagem: Via Influenza
"Aqueles que almejam somente o interesse na amizade, afastam dela o seu mais doce vínculo. O que nos agrada não é a utilidade oferecida pelo nosso amigo, mas sim o carinho recebido; e tudo o que nos for oferecido por ele ser-nos-á agradável, contanto que transpareça a dedicação.  Não sei se será bom que os nossos amigos não necessitem de nós. Como poderia mostrar meu zelo, se ele não procurasse os meus conselhos seja na paz ou na guerra? A  amizade não nasceu pois, da utilidade, mas a utilidade a seguiu." 
Marcus Cícero

Bonjour!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Obrigada pelos 24 mil mergulhos \o/

"Os homens parecem-se muito com os rios: todos são feitos dos mesmos elementos, mas ora são estreitos, ora rápidos, largos, plácidos, claros ou frios, turvos ou tépidos. "
Leon Tolstoi


Thanks for your visit...
Obrigadaa!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O amor não cabe em Polaroid

"A menina tinha um amigo. Ele era bastante culto, inteligente, não era triste, falava, sorria e, quando sorria, não economizava risos. Apesar de maduro, era um menino, tinha sonhos, sabia de abraços e beijos, e conhecia todos os brinquedos. Era um menino de que todos se lembravam porque era muito querido e também tinha recordações alegres de todos. Era às vezes quieto, introspectivo, silencioso, mas nunca imperceptível. Sempre entendeu de alegrias e de felicidades, mas nunca experimentou o amor de páginas de livros. O menino só sabia ler histórias e poemas para sí mesmo, porque nunca lhe haviam escrito essas coisas ou lhe dito que haviam outros jeitos.
Um dia, depois de não o ter visto durante muitos anos, a menina subiu até a casa da montanha e finalmente o viu. Era uma tarde bastante carioca, dessas que chovia e fazia sol, que tornaram-se mais do que amigos. Ele olhava para ela com os olhos cada vez mais atentos e admirados. Ela lhe sorria, contava histórias, sonhava junto, lhe dava abraços e beijos, trazia comida, dava de beber, lembrava dele e de cada palavra que ele tinha dito e lhe pedia que se lembrasse para sempre dela. Ele então podia ser um pouco parte do que ela era e daquilo tudo que nunca pudera ser. Um dia o menino-maduro se foi e não levou nada: nem os sonhos, nem o riso, nem os brinquedos, nem a fome, nem a sede, nem as alegrias, nem o amor, nem as histórias, nem as lembranças... Só muito mais tarde a menina entendeu que o menino-maduro apareceu em sua vida apenas para acrescentar mas não para subtrair. E ele deixou para sempre seus olhos claros com ela..."
Saudades!

For me!

As melhores e mais bonitas coisas deste mundo 
não podem ser vistas nem ouvidas, apenas sentidas... 
e mil vezes eu te sinto!

1º de novembro: - B-day!


Obrigada pelo carinhooo!!! 

Vruuuuummmmmmmmmmm...