As nossas opiniões são apenas suplementos da nossa existência, não ela toda. Os indivíduos mais frívolos são os que se têm a si mesmos em grande estima e consideração. Quando se concede à razão inteira liberdade, ela destrói emoções profundas. Isto acontece devido a uma concepção inteiramente errada da função da razão na vida humana. Não é objeivo da razão gerar emoções, mas pode ser parte da razão descobrir os meios de impedir que as emoções sejam um obstáculo ao bem-estar. Tanto a exaltação sentimental como a obsessão sexual têm a mesma origem, ambas resultam do esquecimento parcial do eu; é algo que não pode acontecer sem que a pessoa perca alguma coisa de si mesma.
E nós, tornámo-nos frios, racionais, extremados e individualistas porque primeiro de tudo queremos evitar a alienação e a dependência, queremos sair ilesos do corpo do outro, mas não são essas as condições ideais para fazer amor. Aqueles que gostariam de perpetuar a embriaguez e de incluir nela a felicidade, andam atrás do impossível. Todo mundo quer se sentir completo mas sem uma aceitação, pelo menos temporária, de um certo estado de fraqueza, de relaxamento, beijos soltos e abraços apertados, de entusiasmo e um mínimo de dependência, é Impossível fazer amor sem um grau de abandono.
Na maneira de pensar de uma pessoa
pode ver-se o que lhe falta.
Bonjour!
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