sábado, 8 de novembro de 2008

Baco

Um Cristo abre os braços em desvarios e a beneficência da cruz não satisfaz a fome do arame que enverga.
Dionísios vertem veias nos casulos corrompidos de absinto e a falsa inocência se perde.
Esfomeada pelas ruas, a mordaça messalina engarrafa líquens engolidos por virilhas de vespas.
E há fome nas calçadas em brasa, há fome impelida em todas as dobras, há fome martelada no saguão de entrada, gotejada na mucosa da caserna, impenitente no precipício do abutre ereto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário