O "Não-Futuro" que a Gente Vive
Será que nos resta muito depois disto tudo, destes dias assim, deste não-futuro que a gente vive? (...) Bom, tudo seria mais fácil se eu tivesse um motorista a conduzir o meu carro, e usasse gravatas sempre. Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça. Todos os valores se gastaram à minha frente. O dinheiro gasta-se, o corpo gasta-se. A memória. (...) Há pessoas diferentes. Há um Não-Lugar. Atrai-me o outro lado da vida, o outro lado do mar, alguma coisa (não tão) perfeita, um dia que tenha uma manhã com muito orvalho, restos de geada… Acho que o planeta está perdido e que, provavelmente, a hipótese de José Saraiva está certa: é melhor que isto se estrague mais um bocadinho, para ver se as pessoas têm mais tempo para olhar para os outros.
Al Berto
Bonjour 2012!
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