O amor por nós mesmos, que só a nós diz respeito, sente-se satisfeito quando as nossas verdadeiras necessidades ficam satisfeitas; mas o amor-próprio - que se pretende comparar com ele - nunca se sente satisfeito nem o poderia estar, porque esse sentimento, que nos leva a preferirmo-nos aos outros, também exige que os outros nos prefiram a eles próprios. As paixões suaves e afetuosas têm origem no amor por si próprio, assim como as paixões de ódio e de ira provêm do amor-próprio. Portanto, o que torna o homem essencialmente bom é o fato de ter poucas necessidades e de pouco se comparar com os outros. O que o torna essencialmente mau é ter muitas necessidades e preocupar-se muito com a opinião alheia.
Jean-Jacques Rousseau
[O Limite Saudável do Amor por Nós Próprios]
Bonsoir Galápagos!
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