[Romain Rolland]
"Possuía a qualidade mais preciosa da vida: uma curiosidade juvenil, que os anos não alteravam, e que renascia todas as manhãs. Não tinha talento bastante para utilizar êsse dom, mas quanta gente de talento o teria invejado! A maioria dos homens morre dos 20 aos 30 anos; decorrido esse período, nada mais são do que um reflexo de si mesmos; passam o resto da vida a macaquearem a si mesmos; e a repetirem de modo cada vez mais mecânico e caricatural, o que disseram, fizeram, pensaram e amaram, no tempo em que eram."
[Romain Rolland]
"Não era um mau homem, mas, sim, um homem bom pela metade, o que talvez seja pior; fraco, sem energia, sem força moral, embora julgando-se bom pai, bom filho, bom marido, bom homem, e sendo-o talvez, se para isso bastasse uma bondade fácil, que se enternece facilmente, e essa afeição animal que faz querer aos seus como a uma parte de si mesmo. Nem mesmo se podia dizer que era egoísta: não possuía bastante personalidade para sê-lo. Não era nada. Coisa terrível na vida, essas pessoas que não são nada! Como um peso inerte, que se solta no ar, elas tendem a cair e é preciso absolutamente que caiam; e, na queda, arrastam tudo o que está com elas."
[Trechos de "Jean-Christophe"/1923, de Romain Rolland]
Bonjour!
Um comentário:
Feliz Natal Foquinha!
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