segunda-feira, 22 de março de 2010

No flowers

Nós combatemos nossa superficialidade, a nossa mesquinhez, para tentarmos chegar aos outros sem esperanças utópicas, sem uma carga de preconceitos ou de expectativas ou de arrogância, o mais desarmados possível, sem canhões, sem metralhadoras, sem armaduras de aço com 10 centímetros de espessura... 
Aproximamo-nos de peito aberto, na ponta dos 10 dedos dos pés, em vez de estraçalhar tudo com as nossas pás de catterpillar, aceitamo-los de mente aberta, como iguais, e, contudo, nunca os percebemos, percebemos, sim, tudo ao contrário...
Com os outros, também, acontece a mesma coisa em relação a nós, na realidade tudo é uma ilusão sem qualquer percepção, uma espantosa farsa de incompreensão. 
Estaremos todos tão mal preparados para conseguirmos ver as ações intímas e os objetivos secretos de cada um de nós? Será que devemos todos fecharmo-nos e mantermo-nos enclausurados como fazem os escritores solitários, numa cela sem som, evocando as pessoas através das palavras e, depois, afirmar que essas evocações estão mais próximas da realidade do que as pessoas reais que destroçamos com a nossa ignorância, dia após dia? 
Mantém-se o fato de que o compreender as pessoas não tem nada a ver com a vida. Não as compreender é que é viver... não compreender as pessoas, não as compreender, não as compreender, e depois de muito repensar, não as compreender... 
É assim que sabemos que estamos vivos: não compreendemos..."
 [Philip Roth]
Is a dream a lie if it don't come true
Or is it something worse?

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