"O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos,
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos,
E ao mesmo tempo gostar de ir vendo tudo...
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte
como as árvores altas!"
Alberto Caeiro
"O que eu sou hoje é como a umidade
no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes…
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo
como um fósforo frio…
no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes…
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo
como um fósforo frio…
Comer o passado como pão de fome,
sem tempo de manteiga nos dentes!"
sem tempo de manteiga nos dentes!"
Álvaro de Campos-1929
Bonjour!
Bonjour!
Um comentário:
O passado gosta de ser engolido inteiro.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
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