"Nessa geração oculta, que hoje toma a frente do cenário literário brasileiro, alguns nomes, já nem novos - mas novíssimos no que representam -começam a se impor". Entre os nomes citados, José Castello colocou o de Victor Leonardi e o livro Quando o escriba do castelo era eu. Segundo ele, os livros delineiam um momento em que a literatura brasileira dá um grande salto, não só de qualidade mas, sobretudo, de atrevimento.(...) A literatura se converte, assim, em uma espécie de mundo alternativo, ou virtual, que vem preencher as lacunas do mundo real. Boas mentiras, que completam a insuficiência da verdade (...). Há, em todo caso, a redescoberta de uma utopia de fraternidade (...). Essa tensa relação com o mundo é um sinal, promissor, de que a realidade volta a interessar os escritores. Eles já não desejam, porém, a pose dos retratistas, ou a simplificação dos sentimentais. Em vez disso, buscam e fazem uma escrita que venha ferir o real, como alguém que, durante a noite, se pusesse a sacudir um sujeito que dorme. Esse sujeito é a literatura.
José Castello ao citar Victor Leonardi e o livro Quando o escriba do castelo era eu.
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