quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Depois do inverno

Petra Nemcova
"Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. A tua pele será talvez demasiado bela. Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder com a vóz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. Sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha..."
[José Luís Peixoto, in "A criança em ruínas"]

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