sábado, 6 de outubro de 2012

Para além das teorias


(my drawing - da série "The swimmers")

Que difícil é propor um problema ao entendimento alheio sem corromper esse entendimento pela maneira de propor! 
Se dizemos: acho isto belo, acho obscuro, ou outra coisa semelhante, arrastamos a imaginação para este juízo, ou irritamo-la, levando-a ao juízo contrário. Não é incógnito, não é um mistério nem é um mito.
Mais vale nada dizer, e então o outro julga segundo o que quer, ou segundo aquele momento, ou de acordo com o que as outras circunstâncias, de que não somos responsáveis, lá tiverem posto. Subjugados às suas vontades!
Mas pelo menos nós não pusemos nada; a não ser que o nosso silêncio tenha também o seu efeito, segundo o sentido e a interpretação que estiverem dispostos a atribuir-lhe, conforme forem melhor ou pior fisionomistas. 
Não avisa. Surge e instala-se. Sente-se. Apenas se deve sentir. É a única coisa que é real e coerente dizer-se. Sente-se. E a partir deste ponto, nada mais é igual.


Bonjour Villa- Lobos, bonjour Galápagos!







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