[Amalie Shoes]
"Os maiores monumentos são os que mais criam pó... Tudo o que brilha na primavera está prometido ao inverno... Tenho vinte países na memória e arrasto na minha alma as cores de cem cidades... Coração, partamos à galope... Estou arruinado, a fantasia, a loucura perdeu o seu dançarino... Arrasto na minha alma uma amálgama de locomotivas, de colunas quebradas, de ferro-velho... Em mim, o efémero tem raízes profundas... Sou eu o louco dos loucos – e olho todos esses especialistas – meu Deus! quando penso que tenho trinta anos, torno-me selvagem – gosto da cama porque é o único sítio onde, como o gato, posso fazer de morto, respirando enquanto vivo – quando ando na farra ouço a voz dos dicionários... – se todas as locomotivas do mundo se pusessem a apitar ao mesmo tempo não poderiam exprimir o meu desespero – sou talvez o rei dos falhados, pois sou certamente o rei de alguma coisa... Seios, elefantes de ternura – Merda, vaca, carcaça de Deus! – O meu coração, na sua paixão abraça a idade da pedra...
[Mai Lamore Red]
Nunca se encontrou um artista enforcado diante de uma rosa... A aurora mudando os vestidos dos glaciares... A beleza sombria duma nuvem tenebrosa... Olho a morte através dos meus postigos... Sou um homem de coração, e tenho a certeza de o ser, e contudo, o passado mugiu como um boi – o ar nos meus brônquios - ... faz ressoar as hélices - ... como um carro branco... Depois de ter chorado, poder rasgar as minhas lágrimas... O meu coração agitado como uma garrafa – passa mais rapidamente do entusiasmo à desmoralização mais completa... Arrasto a recordação das caldeiras arruinadas...
[Saya Shoes]
Esmagar-te-ei fatalidade... Os versos de Rimbaud passam assobiando... A morte do maior dos homens não consegue sequer parar um comboio... Arrasto a lembrança de caldeiras arruinadas – os meus mil corações são teus – paralelogramos – um sorriso inanimado... Cada um tem secretamente a idéia de Deus... É perigoso para o corpo sonhar tempo demais... Deus, que parvo! Porque não veio quando o chamei?... porque é preciso abrir-lhe as portas..."
[Arthur Cravan]
"O pintor que só emprega cores puras é como o literato que só diz m..."Saudações!
2 comentários:
Obrigado!!!
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B
E
I
J
O
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B
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i
j
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t
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o
;)
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